domingo, 18 de maio de 2014

Insatisfação

   Às vezes pensamos que estaríamos melhor noutra turma, com outro mestre, num dojo diferente. Mas não será essa insatisfação apenas uma forma de fugirmos ao desafio que a vida nos lançou? No fundo acho que é uma questão de acreditarmos ou não em coincidências. Se calhámos naquela turma, com aquele mestre, naquele dojo, terá sido por acidente ou foi porque aquele é exactamente o sítio onde devíamos estar? Se não gostamos dos colegas, então não teremos que lidar com alguma coisa dentro de nós? Se o sítio é muito longe, não será melhor fazer um esforço para sair mais cedo? Se o mestre é muito exigente, não teremos que nos esforçar mais? Se o dojo tem o chão difícil, não teremos que nos adaptar a ele? Talvez sim, talvez não, mas eu não acredito em coincidências por isso acho que se estamos onde estamos, é por algum motivo: Para fazermos algo, para aprendermos alguma coisa. Resta-nos descobrir que coisa é essa e investir nela toda a nossa energia em vez de a desperdiçarmos em justificações para podermos desistir.

A erva é sempre mais verde do outro lado da cerca.

   E continuando no tópico da insatisfação, deixo uns pensamentos rápidos que talvez se tornem úteis:
  • Se te achas melhor que os outros, então os outros são melhores do que tu pensas.
  • Se te achas pior que os outros, então tu és melhor do que tu pensas.
  • Se achas que o teu mestre podia ser melhor, então está na altura de confiares mais nele.
  • Se te achas diferente dos outros, então olha melhor, pode ser que descubras que diferentes são vocês todos, e estás exactamente onde devias estar.

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