sábado, 14 de junho de 2014

Percorrer o caminho sozinho

   No outro dia foi-nos transmitido o que deveríamos fazer para treinarmos sozinhos caso não pudéssemos vir ao dojo. Cinco minutos e um espaço não maior que aquele que ocupamos quando estamos de pé bastavam. Toda a ideia deixou-me com lágrimas nos olhos. Não sei o que é viver assim. Estar tão preso a uma rotina e tão confinado a um espaço que não é possível sequer deitar-me no chão, e mesmo assim sentir a necessidade e encontrar a força interior para treinar sozinho.
   Basicamente teríamos que construir um dojo dentro daquele espaço minúsculo, ou seja, deveríamos limpá-lo, acender uma velinha e saudá-la como se fosse o nosso mestre que estava ali connosco. Deveríamos fazer o aquecimento o melhor que pudéssemos e seguir para um par de exercícios rápidos.
   A solidão e a falta de liberdade são assuntos que me tocam fundo. Não ter forma de treinar e não ter alguém que me ajude e guie é realmente entristecedor. Espero nunca ter que passar por isso mas se algum dia acontecer, só espero ter força para perceber que não estou sozinho, e que o meu mestre continua comigo.


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