Às vezes pensamos que estaríamos melhor noutra turma, com outro mestre, num dojo diferente. Mas não será essa insatisfação apenas uma forma de fugirmos ao desafio que a vida nos lançou? No fundo acho que é uma questão de acreditarmos ou não em coincidências. Se calhámos naquela turma, com aquele mestre, naquele dojo, terá sido por acidente ou foi porque aquele é exactamente o sítio onde devíamos estar? Se não gostamos dos colegas, então não teremos que lidar com alguma coisa dentro de nós? Se o sítio é muito longe, não será melhor fazer um esforço para sair mais cedo? Se o mestre é muito exigente, não teremos que nos esforçar mais? Se o dojo tem o chão difícil, não teremos que nos adaptar a ele? Talvez sim, talvez não, mas eu não acredito em coincidências por isso acho que se estamos onde estamos, é por algum motivo: Para fazermos algo, para aprendermos alguma coisa. Resta-nos descobrir que coisa é essa e investir nela toda a nossa energia em vez de a desperdiçarmos em justificações para podermos desistir.
A erva é sempre mais verde do outro lado da cerca. |
E continuando no tópico da insatisfação, deixo uns pensamentos rápidos que talvez se tornem úteis:
- Se te achas melhor que os outros, então os outros são melhores do que tu pensas.
- Se te achas pior que os outros, então tu és melhor do que tu pensas.
- Se achas que o teu mestre podia ser melhor, então está na altura de confiares mais nele.
- Se te achas diferente dos outros, então olha melhor, pode ser que descubras que diferentes são vocês todos, e estás exactamente onde devias estar.
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