É difícil trazer pessoas novas para o Karate mas, mais difícil ainda, é convencê-las a ficar. A primeira aula pode correr muitíssimo bem, com uma temática interessante, exercícios variados, cheio de pessoas prontas a ajudar o aluno novo, mas se formos justos e verdadeiros, a realidade que mostramos será sempre a mesma: o caminho do Karate é longo. E isso assusta muita gente.
"Eu já faço desporto, posso passar sem o Karate."
"Neste mês não vai dar, mas para o próximo talvez dê."
"Isto é muito giro mas não é para mim."
"Se tivesse menos vinte anos."
"Se tivesse menos vinte quilos."
"Se tivesse..."
Os motivos para não voltar são tão variados como as pessoas que os usam, e todos são válidos. Cada pessoa trava uma luta interior consigo própria e nós que estamos cá fora não temos o direito de intervir. Isso seria o mesmo que tentar percorrer o caminho por elas, querer superar os desafios delas. Mas lá por não devermos intervir, não quer dizer que não possamos mostrar-lhes que o caminho que estão a renunciar é importante e enriquecedor, e acho que a melhor forma de o mostrar é percorrendo-o nós próprios o melhor que conseguimos.
"Atenção: Não há atalhos nas próximas 50 milhas." |
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