O aquecimento tem uma sequência lógica. Começamos por activar o corpo, correndo, saltando, fazendo outro exercício que ponha a energia, o ar e o sangue a fluir. Depois passamos para a cabeça, mexemos para cima e para baixo, de um lado para o outro, rodamos e inclinamos, mas a nossa atenção deve estar em esticar a coluna ao máximo enquanto fortalecemos a ligação com o céu. Esta é a dimensão humana do taiso.
Subimos e rodamos os ombros enquanto ondulamos o corpo, primeiro como os golfinhos, depois como os peixes. Até quando rodamos os braços, com as mãos bem esticadas e carregadas de energia, ondulamos ligeiramente. Esta é a dimensão animal do taiso.
Passamos os braços por cima da cabeça e rodamos para trás, como um pinheiro vergado ao vento. Passamos por baixo das pernas, giramos até às costas. Rodamos como um vórtice, de um lado para o outro. Os movimentos são fluidos e circulares, como se estivéssemos a dispersar pólen ou sementes. Esta é a dimensão vegetal do taisou.
Baixamos com o joelho dobrado e a outra perna esticada, esquerda, direita, e depois kiba-dachi ao meio. As pernas estão sólidas e fortes, desenhando um quadrado, enquanto os braços esticados para a frente, formam um triângulo. Tudo muito sólido e geométrico. Esta é a dimensão mineral do taiso.
E claro que isto não fica por aqui. O taiso continua, o meu conhecimento é que não. Quem sabe ainda existam mais dimensões escondidas nos exercícios finais.
Dimensão humana, animal, vegetal e mineral. "Nature's Spiral" arte de Terese Nielsen |
Sem comentários:
Enviar um comentário