quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Aprendizagem prática

   Quem já treinou num dojo no Japão poderá confirmar que eles raramente falam. Enquanto no ocidente, se queremos aprender, explicam-nos como é, no oriente, mostram-nos como é. Nós usamos a mente, eles usam a atenção e a intuição.

   Outra forma oriental de pensar é encarar o engano como parte imprescindível da aprendizagem, não como algo que deve ser evitado ou escondido a todo o custo. Ter medo de errar é meio caminho andado para não agir, e passar mais tempo a planear que a experimentar.

   Imaginem como seria o ensino nas escolas se ele fosse dado como no dojo:
  • Tudo o que aprendêssemos seria através da prática,
  • Sempre de acordo com a natureza própria de cada um,
  • Com a única intenção de nos enriquecer a alma.

   Se assim fosse, provavelmente não gastaríamos tanto tempo a decorar coisas que acabaremos por esquecer, só para sermos avaliados e ordenados consoante o nosso "valor académico", valor esse que, além de falso, pouca ou nenhuma importância tem na nossa vida quando começamos de facto a trabalhar.

Aula de Karate na India

2 comentários:

  1. Seria interessante ver as diferenças na aprendizagem, infelizmente não me cheira que aconteça :/

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    1. Em primeiro lugar, muito obrigado pelo comentário; são poucos e preciosos! Quanto às alterações no ensino, acho que elas só dependem de nós, por isso devemos mudar o mundo nesse sentido. Se estamos despertos o suficiente para reconhecer um problema, então temos o dever de o tentar resolver. Com sensibilidade, confiança e amor, tudo pode ser melhorado! ;)

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