Imaginem que estão num estágio internacional a fazer kumite com alguém que nunca viram. Ele baixa para zenkutsu-dachi e anuncia que vai atacar chudan o'zuki. Rapidamente pensam que o ataque será algures na barriga e preparam mentalmente um gedan barai. Ele sai rapidamente e lança-vos um ataque ao peito. A defesa falha e o ataque atinge-vos sem qualquer resistência. Agora têm duas opções.
Opção A:
"Pára tudo! Então você disse-me que ia atacar chudan e manda-me um tsuki quase no pescoço? Então mas isso faz-se? Vá vá, ataque-me lá como deve ser aqui na barriga e devagarinho para eu conseguir defender."
Opção B:
Não dizem absolutamente nada, recordam-se que chudan significa o tronco inteiro e adaptam-se o melhor que podem ao oponente de forma a conseguirem defender o próximo ataque, venha ele mais alto ou mais baixo que o que estão habituados.
Claro que a opção mais correta, mais honrosa e mais guerreira é a segunda, mas entristece-me ver praticantes experientes ainda cometerem este erro. Por mais vontade que tenham em corrigir o oponente durante o kumite, por favor não o façam com palavras mas sim com uma atitude recta que melhor se encaixe no seu perfil.
Já dizia o Mestre Funakoshi num dos seus princípios:
Já dizia o Mestre Funakoshi num dos seus princípios:
Hitotsu, tekki ni yotte tenka seyo
Primeiro, ajusta-te ao teu oponente.
Mestre Funakoshi (esq) em kumite. |
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