Durante o treino surgiu um assunto que só veio fortalecer a minha crença de que karate e vida são uma e a mesma coisa. O objectivo do exercício era estarmos em kiba-dachi (posição do cavaleiro) e lançarmos um tsuki (soco) para a frente o mais longe que conseguíssemos. E o curioso foi descobrir que se quiséssemos chegar o mais longe possível teríamos que nos inclinar para a frente, sacrificando assim algo importantíssimo: a nossa verticalidade, a própria ligação com o céu, aquilo que faz de nós humanos.
Se virem uma pessoa curvada ou uma pessoa direita, sabem logo qual tem a postura mais correcta, e a ela associaram virtudes tais como nobreza, bondade, cortesia, disponibilidade... São essas virtudes que perdemos se nos desequilibramos para a frente porque achamos que a única coisa que importa é chegar mais longe.
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