O adversário ataca e nós lançamos a mão para o receber, mas, por não termos saído cedo o suficiente, somos atingidos no braço ― um fracasso. ― No instante seguinte, damos por nós a procurar falhas técnicas e como as vamos corrigir. Somos atingidos novamente e ficamos tão presos na técnica que nos esquecemos do essencial:
一、技術より心術
Hitotsu, gijitsu yori shinjitsu
Assim disse Gishin Funakoshi num dos seus ensinamentos.
No kihon podemos repetir o mesmo movimento milhares de vezes, mas se no kumite não tivermos uma mente forte que nos empurre o corpo para a frente e nos impeça de vacilar, o mais certo é o combate estar perdido à partida.
E como é fácil sabotarmos a nossa mente...
Durante toda a vida, somos incentivados a classificar e a julgar; se está certo, então é bom, se está errado, é um falhanço. E os falhanços são tempo perdido pois apenas o sucesso importa. O problema que advém desta forma de pensar é que, se estamos a defender um ataque e algo corre mal logo no início, rapidamente classificamos toda a defesa como um falhanço, e esse estado mental quebra-nos a concentração e sabota não só o resto da defesa, como todo o combate.
Manter a concentração durante todas as etapas da acção pois, se nos desconcentrarmos, alguém sofrerá com isso.
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